Números da DECO confirmam os crescentes apertos das famílias portuguesas. Os pedidos de ajuda dispararam no primeiro semestre quase 40 por cento.
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Nos primeiros seis meses do ano, a DECO (Associação de Defesa do Consumidor) recebeu quase 11 mil pedidos de ajuda, uma média de 60 por dia.
O desemprego é a principal causa para este aumento e a DECO salienta que muitos casos chegam demasiado tarde à Associação de defesa do consumidor.
São casos já irreversíveis, em que o equilíbrio das contas não é possível ou que já passaram para a via judicial. Por isso, dos quase 11 mil pedidos de apoio, foram abertos apenas 2112 processos.
Santarém e Algarve foram as zonas onde se registaram maiores subidas. De 300 por cento em Santarém e 150 por cento no Algarve, mas no mês de Junho, foram Lisboa e o Norte do país que tiveram mais casos.
Além do desemprego, também os cortes salariais são a explicação para este aumento. Entre os que pedem ajuda, há cada vez mais funcionários públicos que ganham mais de 1500 euros por mês e que com o corte nos salários, deixam de conseguir pagar os créditos que tinham assumido.
Aliás, já há mais insolvências particulares do que empresas falidas. O Público cita dados do Instituto Informador Comercial, para dizer que até Junho foram declaradas insolventes mais de 2800 pessoas, uma escalada de quase 190 por cento em relação ao ano passado.