O primeiro-ministro tinha anunciado um pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional, no valor de 5,4 mil milhões de euros, no dia 15 de Outubro. Afinal é um reembolso de uma obrigação do tesouro, prevista no calendário de pagamentos, publicado no site do IGCP.
Corpo do artigo
Portugal não vai antecipar, no próximo mês, um pagamento ao FMI como tinha sido anunciado por Pedro Passos Coelho num almoço com militantes em Beja. Nessa ação de campanha, o candidato da coligação PàF disse que "temos vindo a pagar as dívidas dos outros e foram muitas que pagámos". Passos Coelho conclui que o governo por si liderado "até resolveu pagar antecipadamente o que podia ser pago mais tarde, embora com mais juros", refirindo-se "evidentemente à dívida ao Fundo Monetário Internacional".
"No próximo dia 15 de Outubro vamos pagar mais 5.400 milhões dos 78 mil milhões de euros" da ajuda externa concedida pelos credores internacionais. No entanto, o valor adiantado pelo primeiro ministro é referente ao reembolso que já estava previsto de uma obrigação emitida em julho de 2005, e que vence justamente a 15 de outubro de 2015, como consta do site do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.
Fonte do gabinete do primeiro-ministro disse à TSF que Passos se equivocou com as datas e que afinal o que está em causa a 15 de Outubro é um reembolso aos mercados. No entanto, a mesma fonte adianta que o governo mantém a intenção de efectuar pagamentos antecipados ao Fundo Monetário Internacional.