
Eugénio da Fonseca
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Referindo-se a um encontro que teve com a troika, Eugénio da Fonseca confirmou que foi rejeitada a hipótese de aumento do salário mínimo e de revisão do corte às prestações sociais.
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O presidente da Cáritas diz ter ficado com a impressão que «por vontade da troika não teremos aumento do salário mínimo», tendo a troika mostrado-se assim insensível aos sacrifícios das famílias portuguesas.
Em declarações à TSF, Eugénio da Fonseca disse não concordar com esta opção, uma vez que não está «convencido que o aumento do salário mínimo, mesmo gradual, viesse complicar a já tão dramática situação do desemprego em Portugal».
«Penso que até poderia vir a aumentar níveis de consumo por parte das famílias que estão sem possibilidade de o fazer. Isso até poderia estimular a economia», acrescentou este responsável da Cáritas.
Referindo-se ao encontro que teve na segunda-feira com a troika, Eugénio da Fonseca explicou ainda que a hipótese de revisão do corte aplicado às prestações sociais.
«O argumento é que seria perturbador para o controlo orçamental que se exige a Portugal para poder reequilibrar as suas finanças públicas», adiantou.
Apesar de reconhecer que esperava mais do encontro com a troika, Eugénio da Fonseca notou que há agora alguma abertura ao diálogo.
«Sentimos da parte da troika que há efetiva consciência de que não poderão suportar mais sacrifícios que aqueles que têm suportado até agora», concluiu.