Banco de Portugal revê evolução da economia em alta: 2,5% neste ano e acima da zona euro em 2018 e 2019, retomando a convergência interrompida no início do século. Motores: investimento e exportações.
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O Banco de Portugal (BdP) reviu em alta as projeções para a economia portuguesa. Na última estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) feita em março, adivinhava-se um crescimento de 1,8%, valor que agora aumentou para 2,5%.
Em 2018 o PIB deverá aumentar 2%, e em 2019, ano final do horizonte de projeção, o aumento deverá ser de 1,8%. O BdP sublinha no Boletim Económico que "o ritmo de crescimento do PIB deverá ser superior ao da área do euro, traduzindo-se num reinício do processo de convergência real, interrompido desde o início dos anos 2000".
A impulsionar este salto está a evolução das exportações e do investimento: a Formação Bruta de Capital Fixo (indicador que reflete os investimento empresariais, que servem para "tomar o pulso" à economia) vai aumentar 8,8% neste ano, abrandando para 5,3% no próximo.
As vendas ao exterior disparam 9,6% neste ano e 6,9% no próximo, com o Banco de Portugal a prever um aumento continuado do peso das exportações no PIB, que deverá atingir 47% em 2019. (Em 2016 foi de 40,3%).
No mercado de trabalho também se vai assistir, pelas contas do Banco de Portugal, a melhorias: depois de ter aumentado 1,6% em 2016, o emprego deverá crescer 2,4% em 2017 e 1,3% em 2018 e 2019. A taxa de desemprego deverá continuar a cair, atingindo 7% em 2019.
O regulador avisa, ainda assim, para riscos: o peso excessivo da dívida, a evolução demográfica, e o elevado nível do desemprego de longo prazo.