Os pilotos da TAP mandataram hoje o seu sindicato para marcar uma greve entre 5 e 8 de julho e 1 e 5 de agosto, caso a empresa não anule as sanções que consideram ter-lhes sido aplicadas indevidamente.
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A decisão foi tomada numa assembleia-geral do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).
De acordo com um comunicado do SPAC, foram aprovadas na reunião «duas exigências» para apresentar à administração da TAP.
Os pilotos exigem que a TAP assuma «o compromisso formal de cessação imediata de funções dos atuais titulares dos cargos de Diretor de Operações de Voo e Piloto Chefe» e que assuma «o compromisso de anulação de todas as faltas injustificadas e/ou sanções acessórias aplicadas aos pilotos, decorrentes direta ou indiretamente de interpretações unilaterais do Acordo de Empresa».
A direcção do SPAC ficou mandatada para apresentar um pré-aviso de greve nos períodos de 5 a 8 de julho e de 1 a 5 de agosto, se a empresa não aceitar as «duas exigências» dos pilotos.
No comunicado os pilotos «lamentam a insustentável situação laboral que se vive na empresa», que consideram não ser da sua responsabilidade.
«Perante a iminência da privatização, exigem que a administração considere os pilotos como parte da solução e que reponha a equidade interna, a qual foi posta em causa em 2011», afirmam no documento.
Segundo o SPAC, a administração da TAP decidiu, em 2011, aumentar em mais de 40 por cento algumas chefias, quando todos os trabalhadores, incluindo os pilotos, «participavam no esforço de adaptação às medidas impostas pelo contexto da crise internacional».
«Os pilotos estão empenhados em defender a sua empresa, mas não podem admitir a continuada degradação das condições de trabalho, as quais condicionam de forma decisiva a operação da empresa», diz a mesma nota de imprensa.