Em comunicado, os pilotos garantem que não estão a violar o acordo de dezembro, acusam Governo e administração da TAP de "má-fé" e reclamam que os trabalhadores possam participar na compra da empresa.
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São 54 perguntas que os pilotos dizem que ainda não têm resposta por parte do Governo e da administração da empresa.
Em algumas, as dúvidas estão relacionadas com a privatização da TAP.
Depois de enumerarem as desvantagens da venda a um investidor privado pelo facto do "custo do capital privado ser mais elevado", os pilotos perguntam:
"Se o capital da TAP vai ser vendido por um valor quase nulo, porque não se atribui a participação aos pilotos?".
Ora os pilotos perguntam e dão a resposta: "Os interesses em jogo não são claros".
Logo a seguir, nova pergunta com a insistência: "Porque se vendeu a ANA a uma empresa controlada pelos seus trabalhadores franceses e não se faz o mesmo na TAP"? Resposta dos pilotos: "Preconceito"
Neste comunciado, os pilotos acusam ainda o Governo de estar a "evitar a investigação às contas da TAP por razões que não são claras".
Mas as críticas ao Executivo não se ficam por aqui: os pilotos acusam também o Governo e a administração de serem responsáveis por terem sido delapidados 800 milhões de euros nos últimos 15 anos, mas sublinham que "os trabalhadores é que sofrem as consequências".
Quanto ao acordo de dezembro, garantem que não estão a violá-lo, porque há uma secção do acordo que nunca foi ratificada. "Há má-fé do Governo e da TAP", acusam os pilotos.