Pirataria digital em Portugal provoca prejuízos anuais de 200 milhões de euros
O consumo de conteúdos ilegais preocupa as autoridades
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O consumo de "conteúdos pirata", como filmes e livros online, provocam prejuízos cada vez mais elevados para a economia nacional. Em declarações à TSF, o secretário-geral da Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (APRITEL), Pedro Mota Soares, afirma que quase "um milhão de portugueses consomem conteúdos piratas, sobretudo os mais jovens", sublinhando que "a economia portuguesa perde quase 200 milhões de euros por ano" com estes crimes de pirataria audiovisual.
Além do impacto económico, Pedro Mota Soares fala de uma crise que também pode ser sentida nas próprias indústrias criativas, desde o cinema à literatura: "o país fica mais pobre do ponto de vista cultural", o que, consequentemente, leva a uma "dificuldade de gerar emprego" nestes setores.
O secretário-geral da APRITEL alerta ainda para os riscos ao aceder a estas plataformas de conteúdos ilegais, estando em causa a "exposição de dados pessoais", nomeadamente dados bancários.
Para combater este fenómeno, Pedro Mota Soares considera que são necessárias mais ações de sensibilização e sugere outras medidas, como mecanismos de controlo de sites piratas, algo que já está a ser implementado em alguns países com resultados "eficazes".
Com o objetivo de aprofundar este tema e alertar os consumidores para os perigos destes consumos, vai realizar-se esta quinta-feira a terceira edição do Colóquio Internacional sobre Pirataria de Conteúdos Audiovisuais, no edifício Sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, que vai reunir especialistas da área a nível internacional.
