O plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado com ajustes na assembleia-geral de credores no Rio de Janeiro, visando "a viabilidade operacional e a sustentabilidade" da companhia.
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A Oi informou esta terça-feira que os credores da companhia, reunidos em assembleia-geral, "aprovaram o plano de recuperação Judicial [...] com os ajustes negociados", e adianta que o documento será agora submetido ao tribunal do Rio de Janeiro, que acompanha o caso.
"A direção [da Oi] acredita que o plano aprovado atende a todas as partes interessadas de forma equilibrada e garante a viabilidade operacional e a sustentabilidade" dos acionistas, permitindo também que a empresa "invista para melhorar a qualidade dos serviços de telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura e saia mais fortalecida ao final deste processo", refere um comunicado ao mercado.
Na terça-feira, o Banco do Brasil e o Banco de Desenvolvimento Económico Social entregaram propostas de alterações ao plano de recuperação judicial da operadora Oi, durante a assembleia-geral de credores da empresa, no Rio de Janeiro.
As mudanças não foram detalhadas, mas a assembleia-geral foi suspensa até às 19h00 (21h00 em Lisboa) para que o presidente da Oi, Eurico Teles, analisasse as propostas.
A Oi indica, no comunicado ao mercado, que os ajustes ao plano apenas serão divulgados após a homologação do administrador judicial do processo que decorre em tribunal, juntamente com a ata desta assembleia-geral.
Este plano, que resulta de um pedido judicial feito pela operadora de telecomunicações brasileira em junho do ano passado, visa diminuir o montante da dívida da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 17 mil milhões de euros), através de um aumento de capital por conversão de dívida.
A Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 27% das ações, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.