Os resultados da política de inovação em Portugal receberam do Painel de Opinião do Barómetro de Inovação da COTEC a nota de 3,6, o valor mais baixo de sempre atribuído.
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Composto por 24 membros, o Painel de Opinião do Barómetro de Inovação da COTEC sai anualmente, sendo as respostas dos empresários inquiridos classificadas de um a sete, tendo a nota agora atribuída sido, em média, de 3,6 em relação aos resultados da política de inovação do país.
Esta é uma das conclusões apresentadas no Portugal Inovação - Painel de Opinião do Barómetro de Inovação COTEC, que decorre hoje no auditório da EDP Way, em Lisboa. Um debate moderado pelo diretor da TSF, Paulo Baldaia.
Quanto a desenvolvimentos positivos verificados no estado da inovação em Portugal diversos membros do Painel de Opinião estão de acordo em relação a um restrito número de assuntos.
Estes têm a ver com as oportunidades oferecidas pelo novo QREN (Portugal 2020) com o «aumento considerável» dos apoios às Pequenas e Médias Empresas (PME), o novo programa de apoio à Investigação e Desenvolvimento (I&D) da União Europeia (Horizonte 2020), a manutenção no Orçamento de Estado para 2014 dos incentivos fiscais à inovação (SIFIDE), com a expectativa de uma duração mais alargada e a medida adotada pelo Governo de um crédito fiscal extraordinário para investimento.
Os constrangimentos às políticas de inovação apontados pelo painel em Portugal, no passado recente, têm a ver com o financiamento e a sua redução, a qual «prejudica o sistema de inovação no seu todo» e o número de bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento concedidas pelo Estado português.