A EY ouviu os ex-administradores da CGD do período entre 2000 e 2015, mas pode ter deixado ficar de fora uma peça essencial.
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Porque é que Armando Vara, considerado uma das peças fundamentais no envolvimento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no empreendimento de Vale do Lobo, no Algarve, não foi ouvido no decorrer da auditoria da EY?
A questão foi levantada por Duarte Marques, do grupo parlamentar do PSD, na última ronda de perguntas da II Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da CGD e à Gestão do Banco.
Os consultores reuniram-se com os vários presidentes dos conselhos de administração do período entre 2000 a 2015 e estes é que escolheram de que outros ex-dirigentes da CGD se faziam acompanhar, explicou a representante da consultora, Florbela Lima.
Acontece que o antigo presidente da Caixa Geral Carlos Santos Ferreira preferiu não levar Armando Vara.
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Recorde-se que no âmbito da Operação Marquês o Ministério Público acusou o ex-administrador da CGD de ter recebido um milhão de euros numa conta conjunta com a filha, Bárbara Vara, por ter dado o aval ao financiamento bancário de 200 milhões de euros para o empreendimento Vale do Lobo, um negócio que se revelou ruinoso para a CGD.
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