O ministro da Economia anunciou que o Governo vai avançar com portagens em todas as SCUT, aprovadas pelo anterior Governo, até final do mês.
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«Mesmo assim, o endividamento após a introdução das portagens em 2030 será de 21 mil milhões de euros. É insustentável», afirmou Álvaro Santos Pereira.
O governante, que falava na Comissão Parlamentar da Economia e Obras Públicas, anunciou igualmente a renegociação dos contratos de introdução de portagens em todas as SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador) e o cancelamento e suspensão de vários troços.
A implementação de uma rede de combustíveis 'low cost', e a fusão da Carris com a Metro de Lisboa, da Metro do Porto com a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) e da Transtejo com a Soflusa foram outras das medidas anunciadas e que fazem parte do Plano Estratégico de Transportes do Governo.
Nas suas declrações, o ministro disse ainda que os investimentos só avançaram para contribuírem para a competitividade e anunciou que vai avançar com uma venda de activos das empresas públicas de transportes.
Sobre o novo aeroporto de Lisboa, Álvaro Santos Pereira revelou que o Governo vai rever «os pressupostos que estiveram na base da decisão da construção» da infraestrutura e defendeu a criação de condições para rentabilizar os investimentos feitos no aeroporto da Portela.
As linhas orientadoras para o sector dos transportes apresentadas, no Parlamento, admitem o risco de «interrupção forçada» de alguns serviços de transportes públicos.
O documento, a que a Lusa teve acesso, refere que a atual situação de colapso financeiro põe em causa o papel determinante do sector dos transportes nas políticas de coesão social e territorial.