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O vice-primeiro-ministro acusou o PS de estar refém da estratégia do «não» e de mais parecer um ator do «cinema mudo», apelando à «trégua política» a bem do interesse nacional.
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O vice-primeiro-ministro acusou hoje o PS de estar em «negação» perante um «princípio do crescimento económico», como um ator do cinema mudo que não sabe transitar para o sonoro, numa intervenção em que apontou insistentemente para o «pós-'troika'».
«Nunca me ocorreu que o maior partido da oposição interiorizasse uma atitude de negação», afirmou Paulo Portas, no parlamento, no encerramento da discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2014.
O vice-primeiro-ministro, que foi interrompido por protestos nas galerias, disse que não lhe tinha ocorrido que o PS «não tivesse o cuidado de saudar ou reconhecer» indicadores de crescimento, diminuição do desemprego, aumento de produção e exportações, de criação de empresas, entre outros.
Portas recorreu à sua cinefilia para comparar os socialistas a «atores do cinema mudo que nunca conseguiram passar para o cinema sonoro».
«Tanto se habituaram a explorar cada instante e cada sofrimento da recessão, que agora, perante um princípio de crescimento económico, ou dizem nada ou não sabem o que dizer», comparou.
A intervenção de Paulo Portas foi muito centrada nas críticas ao PS e no apontar do fim do programa de assistência económica e financeira.
«Entre 2011 e hoje, em certo sentido, não houve vida para além do défice. A partir de junho de 2014, haverá vida para além da 'troika'», afirmou.