Portas defende um Simplex dois para facilitar relações entre empresas e Estado
O vice-primeiro-ministro saudou hoje o programa Simplex, do anterior Governo socialista, afirmando que chegou a hora de um «Simplex dois para facilitar as relações entre as empresas e as administrações».
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«São demasiadas as entidades decisivas num simples procedimento ou processo de investimento. São demasiadas as opiniões que se paralisam mutuamente», afirmou Paulo Portas num discurso em Madrid.
«Há que decidir e quando se tarda demasiado em decidir, temos que saber explicar, tem que haver responsabilidades. Um investidor que queira investir em Portugal tem o direito de saber sim ou não. O pior que se pode fazer é tê-los a esperar sem razão», disse ainda.
O vice-primeiro-ministro considerou que responder eficaz e rapidamente às empresas «pode contribuir muito para a consolidação fiscal e para o crescimento» e que, por isso, se torna uma medida essencial para a economia.
Portas falava num debate sobre a reforma de Estado em que participam ministros de cinco países europeus e que decorre na sede do Governo espanhol, o Palácio da Moncloa em Madrid.
Entre outros exemplos de setores a reformar no Estado, Paulo Portas defendeu «uma cooperação prática entre as diferentes secretarias-gerais" dos vários ministérios, não para "fundir entidades», mas para procurar «uma concentração de funções quando são parecidas», como é o caso de pagamentos.
Portas referiu-se ainda à reforma do setor educativo, considerando que a aposta deve ser em fortalecer as opções existentes na escola pública, que definiu como «a escola estatal ou não, que presta um serviço público mediante um contrato com o Estado».