O vice-primeiro-ministro afirmou hoje, em Lisboa, que quer «colocar Portugal no GPS do investimento alemão», ou seja, atrair investidores, sublinhando que a partir deste ano começa a redução do IRC.
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Paulo Portas referiu que se trata de «um projeto a quatro anos, que respeita os princípios da consolidação orçamental, mas que quer dar a Portugal um dos impostos sobre as empresas mais competitivos da Europa».
O vice-primeiro-ministro, que falava na conferência sobre os 60 anos da Câmara de Comércio Luso-Alemã, elogiou ainda o modelo social de partilha de responsabilidades e objetivos entre trabalhadores e empregadores na Alemanha, referindo que «vale mais uma boa negociação do que dez mil manifestações».
«A Alemanha é um dos melhores exemplos da Europa de que uma boa negociação vale mais do que dez mil manifestações, uma boa negociação entre empregadores, de um lado, e representantes de trabalhadores, do outro, capazes de dialogarem, defenderem os seus interesses e chegarem a resultados», disse.
Paulo Portas manifestou-se como um «firme adepto da economia social do mercado de que a Alemanha é exemplo» e falou sobre a atitude reformista da Alemanha, considerando que «quem para perde e quem reforma avança».
Também na conferência que decorre hoje no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, deixou um apelo à Alemanha para que na correcção dos desequilíbrios externos tenha em conta os interesses dos países mais pequenos.