O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, afirmou hoje que olha com confiança para o presente e para o futuro das relações comerciais entre a Alemanha e Portugal.
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Perante uma plateia de empresários portugueses e alemães, no âmbito do Encontro Empresarial Luso-Alemão no CCB, em Lisboa, sobre as relações comerciais entre os dois países, Paulo Portas deu conta dos sinais que indicam que algumas das maiores empresas alemãs acreditam nas potencialidades da economia nacional e estão dispostas a reforçar o interesse.
«Há manifestações de interesse de empresas tão importantes como a Wolkswagen, a Bosch e a Continental que poderão significar renovadas apostas com impacto significativo, demonstrando a competitividade de Portugal», afirmou Paulo Portas.
Apostas em setores que Paulo Portas enumerou: «o cluster automóvel, um maior interesse alemão pelo desenvolvimento do cluster aeronáutico no nosso país, o progresso muito significativo das empresas do setor agro-alimentar (...), a importância de outras áreas como os equipamentos médicos e farmacêuticos, os têxteis, nomeadamente os têxteis técnicos, software, moldes, plásticos, máquinas», que «revelam um Portugal moderno, tecnologicamente avançado».
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, no discurso de abertura do seminário, destacou ainda que as dez maiores empresas alemãs em Portugal realizam 4,6 mil milhões de euros de faturação, exportam quatro mil milhões e empregam 13 mil pessoas.
Paulo Portas sublinhou ainda que a Alemanha é o «segundo mercado mais importante para as exportações portuguesas» e que há 120 mil cidadãos de nacionalidade portuguesa a viver na Alemanha.
«Portugal e Alemanha são países amigos que se conhecem há muito tempo», salientou Portas, elogiando também o «profissionalismo» das empresas alemãs e o papel importante do turismo na relação entre os dois países.
O Encontro Empresarial Luso-Alemão vai contar, na sessão de encerramento, com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e da chanceler alemã, Angela Merkel.
Na abertura do evento, o presidente da Confederação da Indústria Alemã (BDI) pediu aos portugueses para terem «paciência» porque o crescimento da economia vem do esforço e não de «transfusões de sangue».
Hans-Pieter Keitel disse ainda que Portugal está «no bom caminho do correto crescimento». Os alemães, continuou, «não querem austeridade» nem um crescimento a crédito organizado pelo Estado.