Porto: 1.ª casa impressa em 3D responde à falta de habitação e com preços 50% abaixo do mercado
Não é prenda de Dia do Pai, mas abriu as portas neste dia, 19 de março de 2024, como a primeira casa impressa a 3D, instalada pela startup portuguesa Havelar, na região do Porto. Trata-se de uma moradia T2 que demorou cerca de um mês a ser construída.
Corpo do artigo
O primeiro protótipo de três em desenvolvimento está pronto. É uma moradia com 86 metros quadrados, com dois quartos, uma sala, uma kitchenette e uma casa de banho, que representa um custo de 1100 euros por metro quadrado, garante João Carvalho, diretor de produção da empresa, em declarações à TSF.
A partir de ideias que já tinham, os engenheiros da Havelar trabalharam num sistema de impressão 3D, que dizem ser único em Portugal, para oferecer ao mercado habitações com o que dizem ser uma abordagem inovadora de construção, por ser oito vezes mais rápida e três vezes mais acessível quando comparada com os tempos e custos da construção tradicional.
Neste caso, este primeiro protótipo foi desenvolvido no último mês de novembro, sendo que a primeira semana foi dedicada à impressão em argamassas para as paredes e as restantes semanas para finalizar a obra, com um custo final de projeto que fixou 50% abaixo dos preços atualmente praticados no mercado imobiliário.
João Carvalho adianta ainda que a empresa apresenta-se agora ao mercado, garantindo estar alinhada com os pilares de sustentabilidade e democratização da arte, através de parcerias com grandes arquitetos de renome internacional e com a ideia de democratizar o acesso à habitação, em especial das camadas mais jovens da população.
A ideia não é só responder à construção unitária, mas focada em recuperar o conceito de construção comunitária, para já com perspetiva de um projeto comercial a curto prazo, mas também em perspetiva uma encomenda de 50 casas ainda para este ano de 2024 e outras 150 casas impressas a 3D previstas para 2025.
Depois de Portugal, a ideia é expandir para mercados externos, em primeiro lugar para a Península Ibérica e depois ir para o mercado dos EUA.
Para concretizar este primeiro projeto, a empresa indica um investimento na ordem dos cinco milhões de euros com expectativa de conseguir dar ao mercado este tipo de habitação impressa a 3D a custos que podem ser 50% abaixo do praticado no mercado para quem procura habitação.
