Esta foi a terceira vez este ano que Portugal foi aos mercados para se financiar a longo prazo.
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Portugal colocou esta quarta-feira 1112 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a cerca de três e nove anos às taxas de juro de 1,216% e 3,95%, respetivamente.
Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg, a três anos e três meses foram colocados 500 milhões de euros em OT, com maturidade em 15 de junho de 2020, à taxa de juro de 1,216%.
Nas OT a nove anos e quatro meses, com maturidade em 21 de julho de 2026, o IGCP colocou 612 milhões de euros a uma taxa de juro de 3,950%.
A procura de OT a três anos atingiu 1355 milhões de euros, 2,71 vezes superior ao montante colocado, e a de OT a nove anos cifrou-se em 1097 milhões de euros, 1,79 vezes superior ao montante colocado.
O IGCP tinha anunciado para a realização de dois leilões de OT, um a cerca de três anos e outro a nove anos, para arrecadar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.
Esta foi a terceira vez que Portugal foi aos mercados para se financiar a longo prazo este ano, depois de em 8 de fevereiro ter colocado 1180 milhões de euros em OT a cinco e sete anos e em 11 de janeiro ter emitido 3 mil milhões de euros em dívida a 10 anos através de sindicato bancário.
Em janeiro, a agência liderada por Cristina Casalinho anunciou que espera emitir entre 14 mil milhões a 16 mil milhões de euros em OT ao longo deste ano, através de emissões mensais.
Em termos líquidos, a República portuguesa precisa de um financiamento de 12500 milhões de euros para este ano, num valor que inclui 2700 milhões euros de fundos associados à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que já se encontram financiados.