O presidente do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), Klaus Regling, defendeu que Portugal está a ganhar «competitividade e flexibilidade», cumprindo «totalmente» o programa de ajuda externa.
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No Instituto Europeu de Washington, à margem das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional, nas quais sustentou que a crise levou a passos até há pouco «inimagináveis» no fortalecimento da união monetária, o responsável do FEEF, ex-dirigente do FMI e de 'hedge funds' (fundos de investimento), analisou a Irlanda e Portugal.
Em relação à Irlanda, referiu-se a «uma história de sucesso» de ajustamento orçamental e recuperação de confiança dos mercados, que viu os juros das suas obrigações a 10 anos caírem para metade. No caso de Portugal, disse que está «no bom caminho», e olhou ainda para a Grécia, afirmando que este país tem um problema «não de liquidez, mas de solvência».
«Portugal não está tão avançado como a Irlanda, o que não é surpreendente, pois o programa começou mais tarde meio ano», disse Regling, mas «está no caminho, sempre que a 'troika' lá vai confirma que está a implementar o programa totalmente, sem nenhuma escorregadela, com ajustamento orçamental, mais flexibilidade no mercado laboral, e a competitividade a melhorar», adiantou.
Regling disse ainda que Espanha e Itália estão a tomar medidas para lidar com as suas próprias dificuldades orçamentais, e que a Grécia é «um caso especial», não sendo de prever que «algum dos outros países» precise do tipo de programa estendido ao país.