O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje, na Índia, que Portugal está «a sair da recessão técnica» e destacou que a economia portuguesa está hoje «muito mais competitiva».
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«A economia portuguesa parece ter dado a volta no segundo trimestre de 2013, quando tivemos o primeiro crescimento após dez trimestres consecutivos de recessão. Estima-se que o crescimento no terceiro trimestre também deverá voltar a ser positivo. Esta tendência positiva leva-nos a acreditar que estamos a sair da recessão técnica», referiu Rui Machete, na sua intervenção na sessão plenária do encontro de responsáveis dos Negócios Estrangeiros da Europa e da Ásia, que começou hoje de manhã em Nova Deli, Índia.
No discurso, dedicado ao tema "Reforçar a cooperação económica e revitalizar o crescimento", Machete deu o exemplo do programa de ajustamento orçamental implementado em Portugal, sublinhando que «estão a surgir sinais encorajadores». Os resultados, salientou, devem-se «ao esforço coletivo» feito pelos portugueses.
«Temos vários sinais de recuperação da nossa economia e finanças públicas. Um deles é o notório e rápido ajustamento da balança de transações corrente», que disse esperar que conduza à criação de emprego, em particular para os jovens, "prioridades máximas" do executivo português.
O objetivo final do Governo, sustentou, é que Portugal possa regressar aos mercados em 2014 e que consiga financiar-se sozinho.
Rui Machete destacou que Portugal tornou-se, «em pouco tempo, numa economia muito mais competitiva, com maior flexibilidade laboral e com incentivos fiscais para investidores e empresários».
É também, prosseguiu, uma economia «mais moderna e empenhada no desenvolvimento de setores como as energias renováveis, biotecnologia e novas tecnologias, e é líder no campo do 'e-government'», sendo o turismo «outra das prioridades».
O discurso de hoje de Machete acontece um dia depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros ter dito, no domingo, que um segundo resgate «é evitável» desde que as taxas de juro a 10 anos igualem ou fiquem abaixo dos 4,5%.