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Reuters
Portugal emitiu, esta quarta-feira, 3000 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a 3, 6 e 12 meses, a maior emissão diária de dívida de curto prazo num só dia.
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Trata-se do maior financiamento desde o pedido de resgate e as condições são mais favoráveis. Em todos os prazos, o preço desceu e a procura superou a oferta.
Na emissão a três meses, foram colocados 300 milhões de euros a uma taxa de 3,845 por cento, menos 0,22 por cento por cento do que no leilão realizado no início de fevereiro. A procura superou dez vezes a oferta.
No leilão a seis meses foram emitidos 1200 milhões em bilhetes do Tesouro a uma taxa de 4,332 por cento (menos 0,13% do que no leilão anterior) e, neste caso, a procura foi duas vezes e meia acima da oferta.
Já no leilão a 12 meses, o Estado colocou 1500 milhões de euros pelo preço de 4,943 por cento com a procura a superar duas vezes a oferta. Neste prazo, com vencimento em fevereiro de 2013, a taxa também desceu, mas muito suavemente.
Inicialmente, o leilão previa captar entre 1500 e 2000 milhões de euros, mas na terça-feira o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público decidiu aumentar o montante para 2500 a 3000 milhões de euros, justificando com «a procura específica de investidores».
Até ao final do mês não está agendado mais nenhum leilão de dívida. O programa de financiamento da República para 2012 só prevê a realização de mais dois leilões de bilhetes do Tesouro até ao final do primeiro trimestre, a 21 de março.
Nessa altura vão ser feitas duas emissões de bilhetes do Tesouro com um montante indicativo entre 750 milhões e mil milhões de euros.