O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, disse ser essencial que Portugal restabeleça não só a confiança nos mercados, mas também nas instituições.
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O presidente do Tribunal de Contas defendeu que seria «dramático» que Portugal não cumprisse os compromissos assumidos com o estrangeiro, uma vez que o cumprimento do défice e a sustentabilidade são essenciais.
Nas jornadas parlamentares do PSD, Guilherme d'Oliveira Martins sustentou que Portugal deve estar focado na recuperação da credibilidade externa para que seja «respeitado no espaço europeu e no mundo como Estado que cumpre os seus compromissos».
«É tema essencial o da confiança dos mercados e das instituições. Esta questão é particularmente importante, porque muitas dizemos que é apenas convencer os mercados. Não, os mercados e as instituições», frisou.
Sem falar sobre a necessidade de consenso entre os partidos, este ex-ministro das Finanças de um Governo socialista disse que há um «caminho que tem de ser feito».
«Ao haver um caminho temos de nos empenhar em nos aproximar desse objetivo. Isto é muito mais importante do que a lógica puramente formal de dizer que os compromissos que decorrem deste tratado orçamental são muito difíceis e como tal não fazemos o caminho», acrescentou.