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O empreendedorismo em Portugal está em “fase de recuperação” e, pelo segundo ano consecutivo, continua a crescer, garantiu esta quarta-feira o diretor-executivo da StartUp Portugal, António Dias Martins, em declarações à TSF na Web Summit.
O responsável da organização sem fins lucrativos explicou que o país está “um bocadinho em contraciclo”, numa altura em que o “ecossistema está vibrante”. Há mais talento, mas sobretudo mais investimento nas pequenas empresas portuguesas, acrescentou.
Em 2024 assistimos a um crescimento de 16% do número de startups em Portugal. É relevante e soma a um crescimento que já tinha existido — de 2022 para 2023 — de 11%
António Dias Martins adiantou ainda que o “valor de investimento já vai 75% acima do valor do ano passado” e destacou as qualidades que Portugal oferece para uma aposta contínua na inovação.
Questionado sobre a possibilidade de as startups nacionais se transformarem em unicórnios (empresas que atingem uma valorização de biliões), o diretor-executivo não tem dúvidas: “É claro que sim!”
“Já temos um rácio de unicórnios muito interessante, dos melhores da Europa.”
Para António Dias Martins, a dimensão do mercado português “transformasse quase numa cenoura” e permite que uma nova empresa pense sempre em “escalar para fora”. Aliás, estarem presentes na Web Summit — “um evento único que reúne uma comunidade tecnológica, de empreendedorismo e inovação” — é, para o responsável, uma “oportunidade” que permite aumentar contactos, como a visibilidade das pequenas empresas.
O programa “Road 2 Web Summit” da StartUp Portugal apoiou este ano 125 empresas e outras 30 em parceria com a Unicorn Factory da Câmara Municipal de Lisboa.
A 16.ª edição da cimeira tecnológica, que decorre no Parque das Nações, termina na próxima quinta-feira. A edição deste ano da Web Summit em Lisboa regista um novo máximo de 71.528 participantes de 153 países.