Portugueses devem estar «abertos» a possibilidade de segundo pacote de ajuda, diz economista

Estela Barbot
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Para Estela Barbot, conselheira portuguesa junto do FMI, a hipótese de um segundo pacote de ajuda a Portugal será determinado pela conjuntura financeira e pelo que vai acontecer na Grécia.
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A economista Estela Barbot entende que os portugueses devem estar «abertos» à possibilidade de um segundo pacote de ajuda financeira, se bem que esta conselheira junta do FMI não queira equacionar este cenário por agora.
Em declarações à TSF, esta conselheira portuguesa considera que este cenário vai depender da conjuntura internacional e do que se vai passar na Grécia.
Preferindo concentrar-se nos esforços que Portugal está a fazer, Estela Barbot diz que o país tem executado «bastante bem o programa» de ajuda externa e que não há alternativa a passar esta má fase por causa de «erros cometidos no passado».
Estela Barbot lamentou ainda a questão do buraco financeiro na Madeira, mas salientou que no encontro do Fundo Monetário Internacional que decorreu na última semana, em Washington, o caso não mereceu referências especiais.
«A dimensão do problema é tão grande que não o caso da Madeira ser especialmente falado lá fora. A situação do mundo em geral é grave, não só a de Portugal. Agora, para nós e para as nossas metas e para o esforço que era preciso fazer isto foi tudo menos uma notícia agradável», acrescentou.
Para Estela Barbot, a situação na Madeira «foi algo muito triste que, de alguma forma, se deveria estar a prever, mas não com esta dimensão».