Portugueses vão gastar em média 370 euros em prendas de Natal... e esquecer a dieta
Na hora de escolher prendas, os portugueses dão preferências aos objetos com utilidade.
Corpo do artigo
Os portugueses contam gastar este ano, nas compras de Natal, cerca de 372 euros, uma quantia semelhante à de 2017. O valor é revelado por um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) e permite perceber a diferença para os 400 euros que se gastavam, em média, há 10 anos.
A professora do IPAM que coordenou este estudo, Mafalda Ferreira, explica à TSF que na hora de escolher os presentes - à exceção dos brinquedos para as crianças - os portugueses optam por oferecer algo com utilidade.
"Quando falamos dos adolescentes e dos adultos, os presentes com cariz mais utilitário aparecem em primeiro lugar, concretamente roupa e sapatos", explica. Estes são objetos utilitários mas são também "objetos de alguma satisfação" e surgem em primeiro lugar na lista de produtos escolhidos para estas faixas etárias.
Quanto ao local das compras, os centros comerciais continuam a ser o local preferido dos portugueses para adquirir produtos, seguidos de "uma mescla de comportamentos", composta por comércio de rua e compras na internet.
O estudo do IPAM revela também que 31% dos inquiridos espera gastar menos de metade do subsídio de Natal nas compras deste ano, sendo que uma grande percentagem vai mesmo esperar pelos saldos do período pós-natalício.
"Dez por cento dos inquiridos faz as compras dos presentes após o Natal, justificando com a questão dos preços. Neste momento, pode não corresponder exatamente ao cenário que vamos verificando, isto porque encontramos já várias promoções como Black Fridays e Cyber Mondays", explica a coordenadora do estudo.
Dieta fica fora da consoada
No que diz respeito à mesa de Natal, mesmo que durante o ano os portugueses tenham feito dieta, ela não chega à mesa.
"Curiosamente, na altura do Natal, mantém-se a lógica mais tradicional. Uma percentagem muito significativa dos nossos inquiridos refere que vai comprar bacalhau no Natal (64%), doces típicos e bolo-rei (57%). Estes são valores muito convencionais" que mostram que, independentemente da dieta, a tradição fala mais alto nesta altura do ano.