A TSF apurou que o setor está apreensivo e todos os postos de abastecimento pelo país serão afetados por esta paralisação nos próximos dias, nomeadamente no fim de semana da Páscoa.
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Apesar da requisição civil decretada esta manhã pelo Governo e já publicada em Diário da República, o problema está longe de estar resolvido. A greve dos motoristas de matérias perigosas está a afetar seriamente a distribuição de combustível pelo país.
Já há postos praticamente sem combustível em várias zonas e a TSF apurou que a situação pode vir a piorar. Fonte do setor mostrou-se apreensiva e admitiu que não há condições de segurança para fazer o abastecimento, prevendo um agravamento da situação a partir desta terça-feira. Se a situação não for resolvida rapidamente, segundo a mesma fonte, vários pontos de venda de combustível ficarão 'a seco'.
A PRIO estima que, até ao final desta terça-feira, metade dos seus postos esgotem os depósitos quer de gasolina, quer de gasóleo. Se nada for feito, a empresa admite mesmo que todos os postos vão ser afetados, o mais tardar até à próxima quinta-feira, altura em que nenhuma bomba terá combustível.
Numa nota enviada à TSF, a empresa "adverte que a situação poderá agravar-se se o sindicato que convocou a paralisação não aconselhar os seus associados a acatar a requisição civil hoje decretada pelo Governo, que estipula os serviços mínimos para o abastecimento de postos".
A PRIO adianta, ainda, que tem cerca de 50 milhões de litros de combustível armazenados no seu parque de tanques em Aveiro e acrescenta que sem o transporte garantido, a capacidade de armazenamento do produto está limitada a poucos dias de vendas.
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Também contactada pela TSF, a Repsol considera não ser oportuno falar sobre o impacto da greve dos motoristas de materiais perigosos para não dar azo a especulação. Já a GALP e a BP ainda não responderam às questões colocadas.