As poupanças com os cortes nos subsídios dos funcionários das autarquias vão ser canalizados para pagamento das dívidas a fornecedores, diz o secretário de Estado da Administração Local.
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As poupanças resultantes dos cortes dos subsídios salariais em 2012 para os trabalhadores das autarquias serão canalizadas para pagamento de dívidas a fornecedores ou amortização de empréstimos, não devendo ser utilizadas para outros fins, afirmou hoje à Lusa o secretário de Estado da Administração Local.
«Essas verbas ficarão nas autarquias portuguesas no sentido de elas reduzirem, pelo menos nesse exacto montante, a dívida a fornecedores. No caso de não terem dividas a fornecedores, [será para] fazerem amortizações extraordinárias em empréstimos de médio longo prazo», disse Paulo Simões Júlio, secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, à margem de um encontro em Sintra.
Somente nos casos em que não existam dívidas a fornecedores ou empréstimos a médio longo prazo, essa verba «naturalmente será para investimentos», reconheceu o governante.
Segundo Paulo Simões Júlio, o total do «endividamento das autarquias em todo o seu perímetro é de cerca de sete mil milhões de euros». O secretário de Estado adiantou que o pagamento destas dívidas é responsabilidade das autarquias.
O secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa falava à agência Lusa durante a 6ª Edição das Jornadas de Gestão e Modernização Autárquica, que decorre em Sintra, no Centro Cultural Olga Cadaval.