O Presidente da República considerou hoje «um ganho para Portugal» a antecipação do reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI) do empréstimo concedido no âmbito do acordo com a troika.
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«É um ganho para Portugal, é um ganho para os portugueses e eu espero que seja um ganho para aqueles que foram mais atingidos pelos problemas que atingiram o nosso país», afirmou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas à saída da sessão de abertura do X Congresso Nacional do Milho, que decorre num hotel de Lisboa.
Sublinhando a forma como «a situação evolui significativamente», Cavaco Silva questionou quem «se atreveria a antecipar» há um ano este desfecho.
«Quem diria há um ano atrás que Portugal não precisava de um segundo resgate, que Portugal não precisava de um programa cautelar e quem se atrevia a antecipar que Portugal ia pagar antecipadamente ao FMI os empréstimos que foi obrigado a contrair», interrogou.
Fonte do ministério da Finanças confirmou na terça-feira que o Governo português já enviou aos credores internacionais o plano de reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional, segundo o qual prevê devolver 14 mil milhões de euros ao longo de dois anos e meio.
Posteriormente, uma porta-voz do executivo comunitário afirmou que o plano de reembolso antecipado ao FMI está já a ser avaliado pelas instituições europeias, merecendo à partida o aval da Comissão Europeia.