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Cavaco Silva desafia os agentes políticos a reforçar o discurso sobre os fatores de crescimento económico e criação do emprego.
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«Nós temos que dar mais sentido a uma expressão que ultimamente tem sido muito referida nos documentos oficiais das instituições internacionais que acompanham a situação económica e financeira portuguesa, que é 'consolidação orçamental amiga do crescimento económico'», afirmou o chefe de Estado, durante um encontro com representantes das empresas 'startups' de 25 países, participantes no programa internacional Lisbon Challenge.
Lembrando que «há muito tempo» que tem revelado «quão amigo» é do crescimento económico e da criação de emprego, sem receio de revelar publicamente essa sua orientação, Cavaco Silva desafiou os agentes políticos a reforçar o discurso sobre os fatores de crescimento, considerando que isso é muito importante para o equilíbrio entre consolidação económica, consolidação orçamental e crescimento económico.
«Uns falam de outras coisas, mas eu digo-vos continuarei a falar sobre os fatores de desenvolvimento do crescimento económico, da criação de emprego e do reforço de competitividade das nossas empresas», sublinhou.
Recusando alterar as suas «prioridades», o Presidente da República classificou o tema do crescimento económico e de criação de emprego como decisivo para o futuro do país e a criação de alicerces sólidos do crescimento da económica portuguesa.
Por isso, reconheceu, os outros agentes políticos deveriam reservar nos seus discursos «mais espaço para falar dos fatores de crescimento económico e de criação de emprego».
Por outro lado, acrescentou, também a comunicação social, em particular a televisão, deveria dedicar mais espaço à divulgação das iniciativas empresariais de sucesso que existem em Portugal, nomeadamente dos jovens empresários de «talento», abertos à inovação e que são «o motor da mudança» do tecido empresarial e «os verdadeiros alicerces da criação de uma economia portuguesa sustentável».
«Se isso fosse feito pelos órgãos de comunicação social e pelos outros agentes políticos, a confiança no nosso país e no estrangeiro seria mais forte e, consequentemente, seria maior o investimento e seria maior o emprego», sustentou.