As bolsas europeias estão a desvalorizar fortemente, depois de uma abertura mais suave, mostrando-se incapazes de parar a queda abrupta dos últimos dias, apesar da intervenção de dirigentes políticos e antes de uma reunião crucial da Reserva Federal norte-americana.
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Cerca das 10h30, o índice bolsista de Londres, o FTSE-100, perdia 5 por cento, o DAX de Frankfurt caía mais de 6 por cento e Lisboa e Paris desvalorizavam 4 por cento.
Também o Ibex 35 de Madrid estava a cair 3 por cento e o FRSE MIB de Milão 2 por cento.
«É uma verdadeira capitulação, uma onda, e nenhuma região está imune», comentou à AFP o gerente de acções do Barclays Bourse, Renaud Murail.
«Nada parece parar o pânico e não se espera muito do Fed», acrescentou.
A Reserva Federal norte-americana (Fed) vai reunir esta terça-feria para preparar um plano de contingência, dois dias depois de o risco da dívida dos EUA ter sido cortado pela agência de notação Standard&Poor e numa altura em que os investidores antecipam o início de uma nova recessão.
Apesar da mobilização de líderes políticos e dos bancos centrais do mundo, a espiral descendente não para e nem o discurso de segunda-feira do presidente dos EUA, Barack Obama, conseguiu tranquilizar os investidores.
Os mercados temem que o banco central norte-americano não esteja à altura das suas expectativas, até porque a margem de manobra é muito pequena graças à deterioração das finanças públicas do país.
Na Ásia, após uma abertura em queda livre, os mercados conseguiram limitar as perdas, com Tóquio a fechar com perdas de 1,68 por cento, Xangai a concluir em equilíbrio e Hong Kong a cair 5,66 por cento.
Na segunda-feira a bolsa de New York teve a sua pior sessão desde Dezembro de 2008, tendo o índice Dow Jones caído 5,55 por cento.