
Miguel Cruz desabafa que "a situação tem sido complicada”
Global Imagens (arquivo)
A IP queixa-se do roubo de material nos estaleiros de obras das linhas ferroviárias
Os atrasos nas obras da Linha do Algarve já vão em três meses devido ao roubo de cabos: este é um exemplo levado à Assembleia da República pelo presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Miguel Cruz.
Para o presidente da IP, este é um problema novo que faz descarrilar os prazos de execução das obras na ferrovia inseridas no Plano Ferroviário.
“Estamos a passar por uma situação extremamente complicada, com atrasos muito significativos, para além de impactos financeiros em matéria de roubo de material”, adianta Miguel Cruz.
O presidente do IP dá alguns exemplos: “Isto aconteceu na linha do Algarve, onde está a causar um atraso de cerca de 3 meses; aconteceu na linha do Oeste, onde o atraso estimado já vai em cerca de 6 meses para recuperar.”
Para Miguel Cruz, a questão principal nem é o valor dos cabos, embora a IP peça mais segurança para os estaleiros das obras.
O tempo estimado para a entrega de uma encomenda de cabos é de seis meses, o que leva a “consequências e perturbação do planeamento”.
Para evitar os assaltos, “nós temos vindo a trabalhar com os empreiteiros no sentido de tentar aumentar a segurança e foi feita comunicação às autoridades no sentido de poderem dar apoio”, sublinha.
Miguel Cruz desabafa, no entanto, que “a situação tem sido complicada”.