Precários do Estado saem este sábado à rua numa manifestação contra os atrasos no programa de integração. Movimento lamenta os atrasos no processo e pedem a intervenção do Presidente da República.
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Os precários do Estado saem este sábado à rua numa manifestação contra os atrasos no programa de integração mas também para contestarem a falta de proteção de quem está à espera de uma decisão final e contra o que classificam como tentativas de boicote de alguns dirigentes.
No caso do movimento PEPAC, do qual fazem parte quase 900 estagiários da terceira edição do programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários na Administração Pública ( PREVPAP), eles estão em suspenso há mais de um ano e gostavam de saber quando é que alguém os avalia depois das Comissões de Avaliação Bipartida ter dito que não tem competências para fazer a avaliação.
Pedro Martins, do movimento PEPAC, exige ao governo que cumpra a lei e lamenta todos os percalços neste processo.
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Estes estagiários tiveram funções nos serviços do Estado, com um contrato de estágio durante um ano, para suprirem as necessidades permanentes desses serviços e há vários meses que já deviam ter uma resposta.
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Este movimento de Precários do Estado escreveu uma carta ao Presidente da República que ainda não teve resposta. Pedro Martins apela por isso à sensibilidade de Marcelo Rebelo de Sousa.
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Pedro Martins quer acreditar que, com a manifestação deste sábado, o Governo possa finalmente dar prioridade ao Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários na Administração Pública.
O protesto acontece a partir das 15h00 em frente ao Ministério do Trabalho.
O Ministério de Vieira da Silva, em conjunto com o gabinete de Mário Centeno, são responsáveis pela aplicação do PREVPAP. O programa arrancou em 2017 e a expectativa do Governo é que esteja terminado no final deste ano.
Os dados mais recentes, de acordo com o site do PREVPAP, indicam a abertura de 43 concursos para a integração de precários.
O ministro, numa interpelação do Bloco de Esquerda sobre os atrasos no programa, revelou que mais de 7800 precários têm luz verde para entrar no Estado com a certeza de que já foram homologados 854 processos e estão prontos para avançar para concurso.