O BCP apresentou hoje um resultado líquido negativo relativo ao exercício do ano passado, com o prejuízo a fixar-se nos 740 milhões de euros, abaixo do prejuízo de 1219 milhões de euros apurado em 2012.
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«Este prejuízo é significativo, mas bastante inferior ao ano passado. Reflete a situação macroeconómica e está de acordo com o plano de reestruturação celebrado com a Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia», afirmou Nuno Amado, presidente do BCP, durante a conferência de imprensa de apresentação das contas de 2013, em Lisboa.
Neste resultado, estão englobados os 126 milhões de euros de custos com o programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo que o banco vai levar a cabo até ao final do primeiro semestre e que vai levar à saída de centenas de trabalhadores.
O objetivo do banco é chegar a 2017 com 7500 colaboradores menos 1084 que atualmente, mas Nuno Amado admite que a redução poderá ser menor, tudo dependendo da implementação do acordo que está a ser negociado com os sindicatos.
O presidente do maior banco privado português anunciou ainda a redução de 60 a 70 sucursais em 2014 «para atingir o número de cerca de 700 sucursais que está no acordo».
«Tudo faremos para não haver despedimentos sabendo que temos de cumprir o acordo. O que vamos tentar fazer é um conjunto de acordos de rescisão por mútuo acordo e um número relevante de reformas antecipadas para não entrarmos noutros mecanismos», sublinhou.
Ao lembrar o entendimento com os sindicatos que prevê uma redução salarial em troca de menos cortes de postos de trabalhos é apenas um pré-acordo, Nuno Amado sublinhou que é preciso passá-lo a definitivo o mais rápido possível antes do verão, mas não de forma errada.
O presidente do BCP, que indicou que estes cortes serão apenas temporários e aplicados apenas suplementos remuneratórios, explicou que alguns colaboradores do banco terão zero por cento de cortes, outro 11 por cento, sendo que a média será de seis por cento.