Presidente da bolsa acredita que casos como o do BES não se voltam a repetir (vídeo)
Luís Laginha de Sousa defende, em entrevista ao programa Tudo É Economia da TSF e do Dinheiro Vivo, que já não resta nenhuma instituição com as características do Banco Espírito Santo e que, por isso, não haverá problemas com estes contornos no futuro.
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O presidente da Euronext Lisboa afirma que «o grupo BES era o último conglomerado industrial também com uma instituição financeira» e que essa particularidade «torna impossível que algo semelhante volte a acontecer em Portugal».
A partir do momento em que o BES foi à falência, «seguramente não vamos assistir a mais nenhum caso destes», acredita Laginha de Sousa.
Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, o presidente da bolsa lamenta ainda que o Governo não tenha dado até agora estímulos ao mercado de capitais: «Até ao final de 2014, de facto, não vimos traduzido em medidas - seja de caráter fiscal, jurídico ou outro - iniciativas que pudessem ajudar a desenvolver o mercado».
Uma situação que, para o economista, pode mudar no próximo ano. Laginha de Sousa vê «alguns sinais positivos», tendo mesmo «forte convicção de que poderão inverter esta tendência».
Em todo o caso, identifica ainda «um leque muito vasto» de obstáculos, reconhece que «a fiscalidade prejudicou» a bolsa portuguesa e pede, «pelo menos, que se crie neutralidade fiscal entre capital alheio e capital próprio».