O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Faria de Oliveira, disse esperar que o próximo Executivo formado pelo PSD e CDS-PP seja «um Governo de guerra», para fazer cumprir o acordo que foi estabelecido com a troika.
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«Do meu ponto de vista penso que se vai formar um Governo de guerra, que seja capaz de atuar com toda a força no sentido de fazer cumprir o que está no programa e transmitir lá fora que Portugal, em períodos de dificuldade, sempre foi capaz de superar as dificuldades», disse Faria de Oliveira à Agência Lusa.
O presidente do banco estatal vincou ainda a necessidade de Portugal cumprir o acordo estabelecido com a troica, acrescentando que se trata de «uma oportunidade única de resolvermos problemas que se arrastam há muito» tempo.
«Precisamos de ajustar o que está errado e de conseguir formas de ter um crescimento económico sustentado», afirmou.
Para isso, o presidente da CGD defendeu que é preciso «corrigir o modelo de crescimento do país, investir nas áreas dos bens transacionáveis e uma banca que apoie a economia».
Faria de Oliveira, que falava em Aveiro à margem de uma conferência integrada no 28.º Conselho Aberto da CGD, abordou ainda a questão da dívida pública grega, defendendo uma reestruturação pela via do alargamento dos prazos.
«Temos que esperar que a Grécia encontre solução para esta aflição e, acima de tudo, que isto não tenha um efeito de arrastamento», disse, defendendo que a União Europeia deve apoiar os países em maior dificuldade.