Foi preso há dois meses, mas só agora se demite. Presidente da Renault deixa empresa
Carlos Ghosn era presidente da Rnault desde 2005. Está detido no Japão há dois meses, por alegadamente ter omitido parte das duas receitas às autoridades bolsistas.
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O presidente do construtor automóvel francês Renault Carlos Ghosn, preso no Japão há mais de dois meses, demitiu-se, anunciou esta quinta-feira o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, à agência France Presse (AFP).
"O conselho de administração vai tomar posição em breve", referiu fonte próxima da empresa.
Uma reunião do conselho de administração da Renault realiza-se a partir das 10h00 (9h00 em Lisboa) em Boulogne-Billancourt (sudoeste de Paris). Uma equipa composta por Thierry Bolloré, adjunto e delfim de designado de Carlos Ghosn, e Jean-Dominique Senard, patrão da Michelin, deverá ser empossada oficialmente na liderança do construtor automóvel.
Carlos Ghosn estava à frente da Renault desde 2005, mas está detido no Japão há mais de dois meses. É suspeito de ter omitido às autoridades bolsistas, entre 2010 e 2015, uma grande parte dos seus proveitos pelas funções na Nissan.
O julgamento, no qual arrisca 15 anos de prisão, não ocorrerá nos próximos meses.