Presidente da Vodafone Portugal diz que preços das telecomunicações não devem descer mais

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Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, Mário Vaz diz que já não há margem de manobra para continuar a competir pelo preço.
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O presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, diz que «este terá sido o sexto ano de quebra consecutiva de receitas» no mercado das telecomunicações e que o nível de investimento que o setor exige «não deixam grande espaço para ir mais além» na concorrência através do preço. «É difícil que isso venha a acontecer», diz Mário Vaz.
A Vodafone chegou a ser acusada pela concorrência de ter um comportamento irracional nos preços, mas Mário Vaz diz que é apenas «competitividade do mercado»: «A agressividade que nós temos na componente fixa é ao nível daquela que também existe na componente móvel, quando olhamos para os valores hoje praticados no mercado de forma isolada ou na forma de pacote», conclui.
Na entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, o presidente da Vodafone relativizou também os dados mais recentes da DECO, que mostram que, em 2014, as telecomunicações continuam a liderar o ranking de queixas de consumidores, com 59.629 reclamações. Mário Vaz desvaloriza os números, dizendo que o setor tem muitos clientes: «É bom não esquecer que o número de utilizadores de telefones móveis ultrapassa a própria população, os serviços fixos têm uma expressão muito significativa em Portugal, estamos a falar de 3,3 milhões de clientes do serviço de televisão paga, 2,8 milhões de clientes na internet fixa».
Ainda assim, reconhece que, com esta dimensão de clientes, «há sempre áreas onde as coisas não correm como foram previstas».