O presidente do BCP defende um pré-acordo razoável entre os órgãos de soberania, Tribunal Constitucional incluído, para os cortes no Estado.
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O presidente do BCP considera que o Tribunal Constitucional deve ser incluído num trabalho de casa que o país tem de fazer para reduzir a despesa pública.
Nuno Amado sublinha que tem de existir um pré-acordo que permita ao país saber com que linhas se pode orientar.
O presidente do BCP diz ainda que é essencial haver um compromisso político a médio prazo. Nuno Amado realça que o país está numa encruzilhada: ou avança para um segundo resgate ou para um programa cautelar e tanto num caso como noutro os credores vão exigir um compromisso político no mínimo tão amplo como o de 2011.
Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), também considera essencial esse compromisso e sublinha que os interesses do país devem ser colocados acima das divergências políticas.
O presidente da associação que representa a banca realça ainda que o país não pode dar-se ao luxo de avançar para eleições antecipadas.
As declarações de Faria de Oliveira e Nuno Amado numa conferência sobre o OE2014 organizada pelo Diário Económico e Antena 1 em Lisboa.
Numa outra conferência da sociedade de advogados PLMJ, o presidente do Fórum para a Competitividade, Ferraz da Costa, também considera que «mais do que nunca é essencial consenso político».
Por outro lado, Ferraz da Costa realça que qualquer um dos cenários (programa cautelar ou segunda resgate) é negativo para o país, mas desvaloriza o facto de Pires de Lima ter vindo já falar de programa cautelar.