O líder parlamentar socialista afirmou hoje que Passos Coelho pode ficar na história como o primeiro primeiro-ministro com uma estratégia de empobrecimento do país.
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No debate do Orçamento do Estado, esta tarde, no Parlamento, o líder da bancada do PS apelou ao bom senso do primeiro-ministro para aceitar as propostas de alteração do documento na especialidade.
Carlos Zorrinho insistiu na ideia de que o Governo inventou um desvio nas contas, empobrecendo o país.
«Não sei mesmo se não será o primeiro primeiro-ministro em todo o mundo democrático que assume como principal opção estratégica do seu Governo empobrecer o seu povo e o seu país», disse.
O líder da banca socialista renova por isso o apelo: «Senhor primeiro-ministro queremos acreditar no seu bom senso, no seu sentido de responsabilidade e esperamos que acolha as propostas sensatas, equilibradas e fundamentadas que o PS lhe apresentará em sede de especialidade».
Na bancada do PSD, Luis Menezes, reforçou a nega já ouvida esta manhã por Passos Coelho, não existe almofada nem folga orçamental.
«Para 2012 só temos uma palavra de ordem que é cumprir com as metas a que mais de 85 por cento dos deputados deste Parlamento se comprometeram com os portugueses», explicou.
Bernardino Soares, do PCP, ouviu os dois partidos e concluiu que são duas faces da mesma moeda: «Estão de acordo no corte de salários, no corte das prestações sociais, no aumento do IRS e do IMI, estão de acordo com o aumento do custo de vida através do IVA dos bens alimentares. Portanto, essa singularidade da abstenção violenta não é mais do que a ausência de alternativas face ao Governo por parte do PS».
Estas foram as críticas deixadas pelo PCP à abstenção dos socialistas nesta proposta do Orçamento do Estado.