Um estudo da Netsonda para a Worten revela que metade das pessoas vê na Black Friday a possibilidade de antecipar as compras de Natal
Corpo do artigo
Cerca de 47%, quase metade dos mil inquiridos, vê na Black Friday a possibilidade de antecipar as prendas de Natal. A outra metade simplesmente regista a oportunidade de adquirir bens em promoção. E ainda 72% assume aproveitar a ocasião para adquirir bens para benefício próprio.
Dos inquiridos, 31% refere que tenciona gastar mais na campanha deste ano, intenção mencionada apenas por 26% em 2023.
Os produtos de tecnologia continuam a ser o alvo da maioria dos portugueses. Foram referidos por 54% dos participantes como primeira opção de compra, seguidos de moda e acessórios, escolha de 38%. Só depois aparecem os eletrodomésticos para 36% e os livros, prioridade de compra para 33%.
As lojas físicas foram o canal onde mais compradores fizeram compras na Black Friday do ano passado, mas em 2024 a intenção de compra exclusiva online é manifestada por 38% dos inquiridos — a percentagem mais alta desde a pandemia.
Este ano há mais portugueses disponíveis para gastar mais na chamada “sexta-feira negra”, mas o estudo revela ainda que 31% calcula que vai despender mais dinheiro este ano do que os 26% registados em 2023, sobretudo na faixa etária dos 25-34 anos.
Já 38% acredita que vai balizar os gastos, tal como fez o ano passado, enquanto 31% preveem gastar menos nesta campanha face aos 42% do ano passado.
Dos mil inquiridos, 85% associa a Black Friday a compras com descontos/preços baixos em várias lojas, considerando este tipo de ações promocionais interessantes ou muito interessantes (84%), despertando interesse sobretudo no target 18-24 anos.
Quanto ao género, os homens demonstram maior intenção (68%) de comprar na Black Friday do que as mulheres (53%).
Mais de dois quintos dos potenciais compradores na Black Friday costumam começar a acompanhar preços com uma antecedência entre um a dois meses, enquanto cerca de um terço não faz qualquer tipo de preparação.
Depois da televisão, redes sociais e internet, os sites das marcas ganham força e são considerados um dos principais meios de divulgação por 44% dos inquiridos.
Quanto à adesão a campanhas de Black Friday, as apps das marcas são referidas por 82% e a televisão por 80% como os canais com maior impacto junto dos participantes.
Para Teresa Barreto, coordenadora da área de estudos de mercado e experiência de clientes da Worten, o estudo ajuda a empresa a fazer previsões, sublinhando que impera o omnicanal (online e loja física), mas, nas cadeias da marca, 43% afirma que vai à loja física. Ainda assim, 38% refere que vai fazer as compras de forma exclusiva online, o valor mais alto desde 2020, em plena pandemia.
Teresa Barreto retira ainda deste estudo que a Worten continua a ser a loja mais recordada e referida por 85% dos inquiridos, acreditando que vai manter a trajetória de crescimento dos últimos anos, pela manifestação de interesse de 60% que asseguram ser a loja onde fazer compras na campanha deste ano.
No Top 3 da notoriedade entram ainda a Fnac referida por 46% dos inquiridos e a Rádio Popular apontada por 31%.
Esta responsável assegura que a Worten foi também a loja onde mais participantes compraram algum produto na Black Friday do ano passado (58%), seguida de longe pela Fnac (28%) e Amazon (21%).
Como conclusão genérica, o estudo aponta que 90% dos inquiridos afirma a intenção de comprar na Black Friday, ainda que o valor médio que tencionam gastar ronde os 330 euros, ou seja, 8% inferior aos 359 euros gastos em média em 2023.
