
Vieira da Silva
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Vieira da Silva disse que o plano da ajuda externa é «duro», mas «positivo para Portugal». Os bancos estão preparados para reagir bem ao programa, considera o governante.
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O ministro da Economia, Vieira da Silva, admite que o pacote de medidas acordado com a "troika" é «duro», mas «positivo para Portugal» porque cria condições para desenvolver a economia depois da recessão.
«Penso que os bancos portugueses e toda a economia portuguesa estão preparados para reagir positivamente a este programa», diz Vieira da Silva.
O ministro explica que «este programa é positivo para Portugal, já que permitirá ultrapassar a crise de financiamento», tendo ainda componentes que ultrapassam o país e outras que são questões internas.
Sobre o impacto que espera que a aplicação das medidas do programa de apoio internacional tenha na economia portuguesa, o ministro da Economia referiu dois tipos de impacto.
«Há um impacto que depende de nós e este pacote vem ajudar-nos a ultrapassar uma crise que é europeia e que tem a ver com a questão da dívida soberana. Este é um impacto positivo», afirmou Vieira da Silva, à margem das Conferências do Estoril.
Para o titular da pasta da Economia,«todos os processos de resolução de dificuldades e de ajustamentos têm custos, que não estão escamoteados».
Estes implicam uma «redução da despesa pública e um aumento dos impostos, como já constava do Programa de Estabilidade e Crescimento que, ao ser rejeitado pela oposição, abriu esta crise política e levou à marcação de eleições», frisou.
O ministro concluiu que a aplicação do programa de ajuda externa cria «uma tendência para um menor crescimento e para um horizonte de recessão na economia».