No comentário semanal na TSF, João Cravinho diz acreditar que o programa assinado entre Portugal e a Comissão Europeia é relevante para requalificar a formação dos jovens adultos.
Corpo do artigo
Portugal e a Comissão Europeia assinaram um acordo para um programa piloto que tem como objetivo formar jovens adultos e desempregados de longa duração. No habitual comentário no programa da TSF A Opinião, João Cravinho avaliou a medida, frisando que a requalificação das pessoas é uma das mudanças estruturais que interessam ao país.
O antigo ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território assegura que estão em causa "boas notícias" vindas do último Conselho Europeu. "A Comissão Europeia (CE) e Portugal assinaram uma espécie de contrato, um programa piloto destinado a formar jovens adultos, desempregados de longa duração onde a tónica, sempre que for caso disso, é nas competências digitais", explica.
Trata-se de um programa novo que aparece pela primeira vez no quadro das mudanças estruturais e que tem uma "linha orçamental de apoio da Comissão" com 266 milhões de euros a realizar em dois anos, de 2018 a 2020, sendo "metade da verba financiada pela CE diretamente e a outra metade por Portugal".
"Estamos a falar de programas organizados para requalificar a formação de jovens no ensino profissional mas também no ensino clássico, sobretudo um programa muito dirigido a adultos e ainda a desempregados de longa duração. Direi que é o Novas Oportunidades agora com a frente digital, o que é muito importante, vai abranger cerca de 80 mil pessoas em três anos, o que é muito", refere, acrescentando ainda que é um "programa piloto que se correr bem, no próximo ciclo dos fundos estruturais, pode ser generalizado".
João Cravinho ressalva ainda que "Juncker foi bastante recetivo à ideia" e que haverá uma análise dos resultados para que nos próximos ciclos haja uma consideração sobre o tema.
"As reformas estruturais que nos interessam são exatamente essas, a modernização da Administração Pública, a da qualificação das pessoas. Nós queremos um país que tenha ele próprio uma espinha dorsal baseada em direitos, em deveres e sobretudo em instrumentos de qualidade na formação e no apoio à requalificação ao longo da vida", conclui o antigo governante.
TSF\audio\2018\04\noticias\05\opiniao_joao_cravinho