Fernando Pinto está convencido que as duas propostas para a compra da TAP sofreram "mudanças para melhor", está por isso, "muito tranquilo".
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O presidente-executivo da companhia aérea portuguesa, em entrevista ao jornal Diário Económico, sublinha que a administração da empresa só analisa uma parte das propostas - o "plano estratégico" -, mas, tendo em conta que as duas "já eram equilibradas", o seu conteúdo cumpre esse plano, são "sólidas e dão garantias de futuro". Por isso, Fernando Pinto confessa-se "muito tranquilo".
O presidente-executivo da TAP revela que a empresa tem um plano para o caso de o governo decidir não vender a companhia, mas não adianta detalhes desse plano. "Preferimos não divulgar". Isso só acontecerá "quando fôr algo já definido".
Sobre um outro plano - o de contenção de despesas exigido pelo governo depois da greve dos pilotos -, Fernando Pinto confirma que a "base é o reajustamento de rotas". Não se trata de fechar, mas de suspender: "uma suspensão principalmente no Inverno e depois veremos, no Verão, como é que retoma". O presidente da TAP admite que esta suspensão "pode ir mais além" de cinco por cento.
Fernando Pinto admite ainda que este plano vai implicar necessariamente as pessoas. "Há que adequar o pessoal a uma empresa um pouco menor" , afirma Pinto, esclarecendo que "obviamente tem sempre a ver com o pessoal de voo". Mesmo assim, afasta o cenário de despedimentos. Há, na TAP, "um grupo bastante grande (...) que vai até aos 66 anos, que já está em condições de reforma definitiva (...). O plano baseia-se muito nisso, no potencial de pessoas que poderiam sair para a reforma e fazer uma redução sem reposição".
A privatização da TAP pode estar hoje em cima da mesa do Conselho de Ministros. O governo deverá decidir se vende a companhia aérea ao empresário brasileiro -colombiano German Efromovich, dono da Avianca, ou a David Neeleman, o americano-brasileiro proprietário da Azul, que concorre em parceria com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro.