O PS diz que o Governo tem manifestado «dificuldade» em controlar as despesas, ao mesmo tempo que a «receita de austeridade» não tem sido a adequada. O BE afirma que as políticas do Executivo «tornam real o cenário negro do verdadeiro terror da economia portuguesa».
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Em janeiro e fevereiro, segundo o boletim de execução orçamental hoje divulgado pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), o défice do Estado atingiu 799 milhões de euros. Há um ano, o saldo negativo era de 274 milhões.
A queda fica a dever-se à descida da receita e simultâneo aumento da despesa.
Em declarações à TSF, Eurico Brilhante Dias, do secretariado nacional do PS, destacou a dificuldade do Governo para controlar as despesas.
O responsável sublinhou que os socialistas já tinham alertado para os problemas que uma política de austeridade poderia criar nas receitas fiscais.
«Temos vindo a dizer que esta receita de austeridade não é a adequada e que isso levaria a uma diminuição mais acentuada do que seria de esperar das receitas fiscais», afirmou.
Por outro lado, sublinhou, «do lado da despesa, encontramos alguma surpresa na dificuldade - que os números parecem não desmentir - de o Governo não conseguir controlar a despesa corrente do Estado».
Eurico Brilhante Dias acrescentou ainda que a questão da RTP é importante no que diz respeito ao aumento das despesas, mas que, ao longo do ano, irão acontecer outros eventos de «natureza não cíclica».
Do lado do BE, o deputado Pedro Filipe Soares disse que «são as políticas do Governo que tornam real o cenário negro do verdadeiro terror da economia portuguesa».
«O IVA, sendo o imposto mais importante na nossa máquina fiscal, tem a primeira queda desde 2009», realçou.