O secretário-geral do PS, António José Seguro, declarou que o partido é favorável às medidas que diminuam as diferenças entre ricos e pobres.
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A ideia do PS é garantir uma repartição mais justa e equitativa dos sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses.
No comunicado divulgado pelo PS pode ler-se que a intenção é reduzir a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.
António José Seguro considera que «é injusto que o Governo tenha sido lesto com o imposto sobre o subsídio de Natal e hesite em acompanhar o PS nas propostas de taxação dos rendimentos de capital».
Isto porque os socialistas já apresentaram no Parlamento uma proposta para aplicação da sobretaxa a depósitos e rendimentos, que foi chumbada pela maioria de direita.
A criação de um imposto especial sobre os mais ricos é tema que está a correr mundo.
Começou com Warren Buffet, o investidor norte-americano, que pediu há dias que o fisco parasse de «mimar os milionários».
Depois disso, 16 dos homens mais ricos de França pediram ao governo para aplicar uma taxa especial sobre aquilo que ganham, para ajudar a combater os problemas financeiros do país.
O executivo francês já anunciou, entretanto, que vai criar um impostos extraordinário de 2 por cento sobre o rendimento anual.
Em Espanha, a ministra da Economia já admitiu também que amanhã o Governo pode aprovar um imposto especial sobre os mais ricos.
À Lusa, o executivo de Passos Coelho garantiu também que essa hipótese pode ser discutida em breve.
Isto na semana em que as declarações de Américo Amorim ao Jornal e Negócios fizeram correr tinta. Diz o homem mais rico do país que não se considera rico, apenas um trabalhador.