O PS garantiu hoje ao comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, que irá continuar a apoiar o Programa de Assistência Económica e Financeira, mas pediu mais um ano para Portugal cumprir os seus objetivos.
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«O PS, como principal partido da oposição, continuará a apoiar os objetivos deste programa apesar de estar a sofrer algumas alterações que nem sempre merecem o nosso apoio», afirmou o deputado socialista Vitalino Canas, na audição na Assembleia da República do também vice-presidente da Comissão Europeia.
O socialista recorreu ao recente exemplo de Espanha, que conseguiu aligeirar as metas do défice orçamental com que se havia comprometido com Bruxelas para este ano (mas que não recebe ajuda financeira da União Europeia ou do Fundo Monetário Internacional) para pedir que seja estudado uma extensão do prazo de ajustamento acordado com Portugal, que o PS também assinou uma vez que ainda se encontrava no poder.
«Temos também de sugerir ao Governo português que estude com a 'troika', a hipótese do programa de ajustamento português tenha um atraso de um ano», disse o deputado socialista, que aproveitou ainda a ocasião para lembrar que o partido não tem estado de acordo com algumas das alterações feitas no decorrer do programa ao memorando de entendimento e que considera desnecessárias algumas das medidas.
No entanto, Vitalino Canas garantiu aos responsáveis europeus (Jürgen Kröger, líder da missão da Comissão Europeia em Portugal acompanha Olli Rehn nesta visita) que o «consenso continua a existir» no Parlamento, e que o seu partido gostaria que este continuasse, mas que não sentem que o Governo esteja totalmente empenhado em mantê-lo.