No final da reunião da Comissão Política do PS, António José Seguro mostrou-se convicto de que o Orçamento tem uma almofada que permite que um dos subsídios continue a ser pago.
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O PS vai apresentar uma proposta de alteração ao Orçamento de Estado com vista a que o subsídio de férias ou o de Natal possa continuar a ser pago.
No final da reunião da Comissão Política do PS, o secretário-geral socialista disse acreditar que o Orçamento tem uma almofada que permite concretizar esta medida que custará cerca de mil milhões de euros.
«Consideramos que há uma folga muito importante para cobrir quase na totalidade um dos subsídios (o de férias ou de Natal), incluindo também os pensionistas», acrescentou António José Seguro.
O líder do PS, que confirmou que o seu partido se vai abster na votação do Orçamento de Estado, explicou que «este não é o meu Orçamento».
«Discordo deste Orçamento, mas este é o meu país. Este país é Portugal e não volto as costas a Portugal. O sentido da votação do PS é um sinal político de que o PS está empenhado em que Portugal saia da crise. Este é um voto a favor da viabilidade e da continuação de Portugal na Zona Euro», adiantou.
Seguro, que lembrou que o PS não é um partido de protesto, confirmou ainda que nos últimos tempos se intensificaram os contactos com o Governo e o primeiro-ministro.
Na Comissão Política, houve 22 votos contra a decisão de o PS se abster, incluindo o de António Costa, bem como os de Pedro Nuno Santos, Pedro Marques e João Galamba, escolhidos por Seguro para analisar o Orçamento.