O PS reconhece que o próximo Orçamento não poderá ser «expansionista», mas rejeita um reforço das medidas de austeridade. À saída de uma reunião, no Ministério das Finanças, para preparar o programa de estabilidade, o deputado socialista Vieira da Silva sublinhou que o investimento e o emprego devem ser as grandes prioridades.
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«Manifestámos [à ministra das Finanças] preocupação com o que se tem verificado na economia portuguesa, isto é, o agravamento do investimento e a quebra do crescimento», disse aos jornalistas o dirigente do PS à saída de uma reunião no Ministério das Finanças.
De acordo com Vieira da Silva, não foram referidas medidas concretas no encontro, tanto da parte do Governo, como da parte da delegação socialista.
A reunião, que o deputado considerou «cordial», faz parte de um conjunto de audições aos partidos promovidos pelas Finanças para a preparação dos documentos no âmbito do semestre europeu, nomeadamente, o Plano Nacional de Reformas, Reformas Estruturais e Reformas Orçamentais. Estes documentos serão apresentados proximamente à Assembleia da República.
Vieira da Silva considerou que não deverá haver «reincidência nas medidas restritivas de austeridade» nos próximos exercícios, embora tenha admitido que eles tenham que ser de rigor, mas virados para o crescimento do emprego. Para além de Vieira da Silva, representou o PS nesta iniciativa o deputado João Galamba.
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, acompanhada do seu secretário de Estado do Orçamento, Hélder Reis, e do secretário de Estado-adjunto do vice-primeiro-ministro, Morais Leitão, vai receber todos os grupos parlamentares até ao final do dia.