O grupo parlamentar do PS entregou uma exposição à Procuradoria-Geral da República em que identifica "benefícios ilegítimos" de cerca de 27 milhões de euros no acordo para a subconcessão do metro do Porto.
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Em conferência de imprensa, o coordenador da bancada socialista para a área económica, Rui Paulo Figueiredo, disse que houve várias alterações feitas na assinatura do contrato entre o Governo e o consórcio espanhol que venceu o concurso.
"Foram identificadas variadíssimas alterações feitas em sede de contrato em relação àquilo que foi colocado a concurso e face àquilo que constava no caderno de encargos. Ora, alterações em sede de contrato que não foram colocadas a concurso configuram ilegalidades gritantes e uma violação do princípio da concorrência", acusou Rui Paulo Figueiredo.
A exposição sobre o procedimento de concurso e sobre o contrato para a subconcessão do metro do Porto foi enviada à PGR pelo Grupo Parlamentar do PS na segunda-feira.
O concurso foi ganho pelo consórcio espanhol formado pela Ferrocarril Metropolità de Barcelona (FMB) e Transports Ciutat Comtal (TCC).
O PS diz que tem recebido várias reclamações por parte de autarcas e trabalhadores, que identificam várias alterações em relação ao que estava definido em concurso e no caderno de encargos da subconcessão
Antes, também o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, já tinha dito que houve cerca de 20 alterações entre o que estava no caderno de encargos e no contrato que acabou por ser assinado.