O líder parlamentar do PSD considerou que os dados da execução orçamental conjugados com o regresso aos mercados criaram «uma semana muito positiva para a vida dos portugueses».
Corpo do artigo
«É uma semana muito positiva para a vida dos portugueses», onde foram criados «os alicerces para que no futuro possamos ter confiança e uma economia mais dinâmica que possa gerar mais emprego», afirmou Luís Montenegro aos jornalistas no Parlamento.
Montenegro destacou a «tenacidade, a persistência e também alguma paciência dos portugueses, das empresas e das famílias portuguesas» neste processo, lamentando que «todos os partidos da oposição, em particular o Partido Socialista, se apresentem muito perdidos no tempo».
«Querem afirmar que tinham razão antes do tempo quando nunca a tiveram, quiseram afirmar que Portugal precisava de mais tempo para cumprir o seu programa quando isso significava ter um segundo resgate, coisa em que o Governo e maioria não alinharam» afirmou.
«O secretário-geral do PS anda mesmo perdido no tempo porque não é capaz, com a evidência do sucesso, do esforço, que temos empreendido, de reconhecer precisamente o caminho positivo que nós já trilhámos e o rumo certo que estamos a seguir», defendeu.
Luís Montenegro ressalvou que os níveis de desemprego estão «acima daquilo que seria expectável, ainda que fosse expectável que ele subisse neste período de ajustamento» e a receita «não cumpriu as previsões».
«Creio que o clima que está criado, de recuperação da confiança e credibilidade, é um bom sinal para que na execução de 2013 possamos ter um comportamento do lado da receita mais eficiente e o próprio consumo interno possa ter alguma recuperação», disse.
O líder da bancada do PSD sublinhou que o Governo conseguiu «reduzir a despesa de forma acentuada» e «tem cumprido que principal esforço da recuperação orçamental iria assentar do lado da despesa».
De acordo com os dados divulgados na quarta-feira pela DGO, na síntese de execução orçamental que fecha o ano de 2012, o défice em contabilidade pública e segundo os critérios acordados com a 'troika' ficou-se pelos 8.329 milhões de euros (5% do PIB), quando o limite um limite estabelecido com a 'troika' era de 9.028 milhões de euros (5,4% do PIB).
A receita da administração central ficou 880,2 milhões de euros abaixo do esperado em 2012, tendo o Estado arrecadado menos 1.642,4 milhões de euros em receitas com IRS e IRC em 2012, revelam também os dados de hoje.
O Estado encaixou 800 milhões de euros de receita com a concessão da ANA, mais 200 milhões de euros do que o inicialmente previsto pelo Governo, o que acabou por melhorar os valores do défice em contabilidade pública.