Luís Montenegro critica socialistas pela falta de abertura para acolher propostas de alteração ao OE2017. "Caiu a máscara ao Governo", insistem os social-democratas. CGD ainda por explicar, avisam.
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"Creio que o senhor presidente da República pode tirar daqui as suas ilações e verificar, ele e todo o país, quem está de boa-fé e quem não está de boa-fé quando se trata de mostrar e concretizar a disponibilidade para aproximar posições em aspetos fundamentais", afirmou o líder parlamentar do PSD, depois da sessão de encerramento do debate do Orçamento do Estado.
Depois de, na segunda-feira, Pedro Passos Coelho ter lamentado a "falta de abertura" do PS e do Governo para discutir as propostas de alteração do PSD ao Orçamento do Estado - e de ter sublinhado que não há possibilidade de consensos entre os dois partidos -, também Luís Montenegro salientou o que entende como "conversa fiada" por parte dos socialistas e do Governo.
"Caiu a máscara de facto, só por hipocrisia o primeiro-ministro e secretário-geral do PS pode voltar a colocar em cima da mesa o assunto de aproximar posições com o PSD e procurar consensos", sublinhou, depois de garantir que os social-democratas - que apresentaram 45 propostas de alteração ao Orçamento do Estado - partiram de "peito aberto" para o debate.
CGD ainda por explicar
Luís Montenegro insistiu ainda que António Costa não pode continuar "silencioso" e fugir às explicações sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e sobre o pedido de demissão apresentado por António Domingues.
O líder parlamentar lamenta, nesse sentido, que, em vez de explicar a matéria, o Governo aponte culpas à oposição.
"Chega a ser doloroso ouvir os membros do Governo querer atribuir ao PSD a razão pela instabilidade na Caixa. Ora, a Caixa vive hoje um período de alguma instabilidade pela falta de resposta, de transparência e de informação que só tem um responsável: o Governo e o seu primeiro-ministro", disse.